Palestras servem para ampliar visões, gerar ações e também mudar vidas. Esses são os nossos objetivos e é isso que fazemos!
Rômulo Carvalho
Nossas palestras
A Estratégia do Impossível

Nesta palestra, vamos explorar estratégias para realizar o impossível. Aprenda a desafiar as crenças limitantes, adotar uma mentalidade de sucesso e encontrar soluções inovadoras para os desafios que parecem insuperáveis. Descubra histórias inspiradoras de pessoas que transformaram obstáculos em oportunidades e aprenda a aplicar essas estratégias em sua própria vida.

Há muitos anos, um grupo de pesquisadores da Universidade de Stanford decidiu investigar o conceito do Impossível. Eles se propuseram a analisar casos históricos de grandes realizações e explorar os traços comuns que esses feitos extraordinários possuíam. Através de um estudo minucioso, eles descobriram que a mentalidade e a abordagem adotadas pelas pessoas que alcançaram o impossível eram notavelmente semelhantes.

Um dos casos que chamou a atenção dos pesquisadores foi a história de Roger Bannister, o primeiro homem a correr uma milha (1609 metros) em menos de quatro minutos. Na época, em 1954, muitos consideravam essa conquista simplesmente impossível. No entanto, Bannister acreditava firmemente que poderia quebrar essa barreira aparentemente intransponível.

Em 6 de maio de 1954, em Oxford, Bannister fez história ao completar a milha em 3 minutos e 59,4 segundos. Sua conquista foi recebida com espanto e admiração, mas o mais importante foi o impacto que isso teve sobre os outros corredores. Nos anos seguintes, diversos atletas começaram a quebrar a marca dos quatro minutos, demonstrando que o limite também é percepção.

Estudos recentes têm revelado o fenômeno da neuroplasticidade, que demonstra a capacidade do cérebro humano de se adaptar e se reorganizar. Contrariando a antiga crença de que o cérebro é rígido e imutável, descobriu-se que ele é altamente flexível e pode se remodelar com o tempo.

O livro “Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso”, escrito por Carol S. Dweck, explora o conceito de mindset e como nossa mentalidade afeta nosso sucesso e bem-estar. Dweck apresenta duas mentalidades principais: o mindset fixo e o mindset de crescimento.

O mindset fixo é caracterizado pela crença de que as habilidades, talentos e inteligência são traços fixos e imutáveis. Pessoas com mindset fixo acreditam que suas habilidades são determinadas desde o nascimento e que o sucesso depende principalmente de talento inato. Essa mentalidade tende a evitar desafios, temer o fracasso e se sentir ameaçada pelo sucesso dos outros.

Por outro lado, o mindset de crescimento é baseado na crença de que as habilidades podem ser desenvolvidas e aprimoradas ao longo do tempo com esforço, dedicação e perseverança. Pessoas com mindset de crescimento veem os desafios como oportunidades de aprendizado, abraçam o esforço como parte do processo e são inspiradas pelo sucesso de outras pessoas.

Em minha experiência com pessoas e organizações, percebo mais limitações do que limites verdadeiros. Crenças de que são resultado do passado e o futuro é algo que pode ser vivido apenas na intenção. Mas também vejo pessoas se transformando e já exercendo o poder da mudança, da prática e do aprendizado como processos contínuos.

Nossa mentalidade precisa ser nutrida com rotinas e informações que nos exercitem na direção do nosso impossível. Não devemos ter medo ou não evoluímos porque nos sentimos perdidos ou o destino está longe demais. Não é a conquista, mas a trajetória que importa. Um maratonista com dificuldades de prosseguir aos 30 km, se concentra apenas no próximo passo e muitos de passo em passo terminam seus desafios, entendendo que a prova contém mais de 42 km , mas é composta de um passo de cada vez.

Assim é a inovação, a evolução, a vitória. Assim foi construída a natureza que conhecemos agora e a tecnologia de hoje. Tudo é soma de pequenos aprendizados que possibilitam o impossível de ser realizado.

Se você não acreditar em você e no seu impossível, ninguém acreditará, mas se acreditar de verdade, outras pessoas e oportunidades acreditarão também e as brechas por onde passa a luz acontecerá e com ela o que um dia já foi chamado de Impossível!

Pensa Nisso…

Gestão da Impermanência - O Segredo das Organizações Infinitas

Estamos imersos em uma era dinâmica, na qual a capacidade de se adaptar se torna crucial para a sobrevivência. Nesta palestra, você terá a oportunidade de desvendar o segredo das organizações infinitas: a gestão da impermanência. Aprenda a enfrentar a incerteza, abraçar as mudanças e aproveitar as oportunidades que surgem com elas. Descubra estratégias altamente eficientes para liderar, inovar e garantir a sustentabilidade e o contínuo sucesso em um mundo em constante evolução.

Começo esse texto sentindo medo. Quanto mais pesquiso e entendo o assunto que vou discorrer aqui, mais sinto esse medo e acho isso ótimo. Compreendo que estou no caminho certo. Talvez você ache que esse é um texto pessimista, mas eu não diria isso. Você poderá avaliar a sua própria sensação, depois de tê-lo lido.

Essa história se inicia na antiguidade. Os gregos chamavam a natureza de Physis, entendendo ser ela a realidade imortal. Para eles, tudo o que nascia era destinado a ser o que dever ser e não outra coisa. Vivíamos sob a autoridade da natureza. Era um mundo vertical onde a determinação era a força que regia tudo.

Depois, a religião se transformou na força dominante. Trocamos a determinação pela disciplina. Continuamos em um mundo vertical, onde uma força maior acima determinava a ordem e o funcionamento das coisas.

Com o Iluminismo, o homem foi para o centro. Continuamos religiosos, mas a explicação e a lógica assumiram o comando das nossas vidas, regendo sistemas e mais sistemas à partir disso.

Em todas essas fases, nossa forma de funcionar como sociedades, era vertical. Nossos pensamentos e comportamentos eram regidos por uma linha que trazia segurança, respostas e uma organização concreta.

No mundo atual, saímos da verticalidade e entramos em um universo horizontal, diverso, plural e por isso dinâmico e imprevisível. Não é mais sequencial. Funciona em rede.

Estamos em uma fase de transição ainda. O antigo e o novo se chocam. Existem estruturas ainda muito rígidas e outras completamente líquidas.

Por isso existe tanta polaridade política e por isso estamos confusos. Se você não está é porque ainda não entendeu o que está acontecendo. Estar confuso é o primeiro sinal de lucidez nesse novo mundo.
E não só confuso, mas com medo, com dúvidas, inseguranças e tantas outras sensações e emoções que surgem pela mudança de um estrutura lógica para uma lógica sem estrutura. É o fluxo simultâneo e diverso acontecendo com mudanças e informações que não conseguimos acompanhar.

Por isso, as empresas e profissionais de hoje não devem ser movidos pelas convicções cegas, mas pelas dúvidas curiosas.

Aprender a desaprender para aprender outra coisa se tornou uma das principais habilidades e isso cria mais uma sensação de insegurança. Menos um alicerce. As respostas não servem mais porque as perguntas mudaram de novo. Estamos no tempo da tecnologia e não mais no tempo cronológico.

Apesar de sermos a geração mais bem informada de todos os tempos, a sensação que temos é de precisar saber sempre mais e rápido, porém nossa capacidade de absorção é muito menor do que a velocidade com que as informações chegam e mudam. Nesse mundo caótico, precisamos mudar a maneira que nos acostumamos a pensar, trabalhar e empreender.
Há um antigo provérbio chinês que diz que mais produtivo do que amaldiçoar a escuridão, é acender uma vela. Esse texto não amaldiçoa a escuridão até porque quanto mais resistirmos às mudanças, mais problemas teremos. Aceitar a impermanência constante é o primeiro passo para recuperar o ritmo. É a primeira vela que precisamos acender. E precisamos acender logo a segunda rapidamente pois não existe tempo de adaptação após passarmos pelo tempo de negação. Precisamos entrar logo no tempo da crise, que escrito pelo ideograma chinês, é representado pelas palavras risco e oportunidade. Ora, se o tabuleiro está sendo mexido o tempo inteiro, é sinal que existem oportunidades dependendo do meu posicionamento, da minha interpretação do jogo e da minha atitude.

Vejamos alguma jogadas interessantes então :

A primeira jogada fundamental é assumir a autonomia e tomar decisões. Nesse novo mundo não existem mais padrões. As escolhas são mais livres. As verdades sobre como as coisas deveriam ser não existem mais. Agora é a sua capacidade de escolha e de tomar decisões que está na frente. Escolher algo, quer dizer abrir mão de outras possibilidades, mas também é possível fazer escolhas diversas.

A segunda jogada e alicerce para a primeira é assumir seu propósito de vida e sua proposta de valor profissional. Serão imprescindíveis para tomar decisões. Mesmo que não se mostrem assertivas ao longo do tempo, serão decisões alinhadas com a sua vocação. Decisões muitas vezes são percursos que tomamos para o mesmo lugar. Podemos até mudar o percurso , mas o mais importante é chegar ao destino que almejamos, entendendo também que é um alvo móvel.

A terceira jogada é entender que os ativos e seus valores mudaram. Resultados lineares ou concretos estão deixando de refletir o valor agregado dos ativos. As chamadas organizações infinitas, ou que tendam ao infinito, são empresas capazes de criar ativos novos que geram novos mercados e recorrência. Para isso, é necessário se desprender do sucesso presente, buscando novas possibilidades constantemente.

A quarta e última jogada desse torneio é focar na regeneração. Não basta dar respostas aos sintomas , às dores que estão latentes no planeta e nas sociedades. É preciso oferecer regeneração. Não basta oferecer estrutura de trabalho com benefícios e respostas aos sintomas do stress. É preciso reformular a maneira como o trabalho é entendido e praticado. Não basta praticar ações sociais. É preciso entender a empresa à partir de sua missão social. Não basta patrocinar a cultura. É preciso ser cultura.

Esse novo mundo está cheio de desafios e tem nos acelerado, causando medo, incertezas e inseguranças. Todas as emoções que temos são úteis em determinada proporção.

Medo pode gerar mais atenção, incerteza pode gerar mais curiosidade e insegurança pode gerar mais humildade.
É dessa maneira que procuro me preparar todos os dias.

Atento, curioso e humilde.

Não deixe de acender suas velas, observar o tabuleiro e jogar o seu jogo…