Acredito que liderança não seja mais uma posição, mas uma competência que alguém precisa exercer em determinada situação. Entendo hoje, após mais de 30 anos trabalhando com times, que um líder é cada vez mais um designer que desenvolve condições para que as pessoas, os objetos e os ambientes encontrem a melhor produtividade e equilíbrio.
No passado, tudo era determinado por alguém em determinada posição. O mundo saiu de uma estrutura lógica para uma lógica sem estrutura. Pelo menos fixa.
Hoje, vivemos em rede e temos que decidir nossa carreira como empreendedores, mesmo estando dentro de uma organização. Precisamos liderar nossos objetivos, hábitos, comportamentos, aprendizados e consequentemente resultados. E também acredito que a melhor maneira de fazer isso é através do design, desenvolvendo nosso ambiente, nossas escolhas e nossas decisões pela ótica da experimentação, do autoconhecimento e da capacidade de pensar de forma aberta às mudanças que o dinamismo atual e futuro demanda.
Essa é uma bandeira que levo comigo e que venho testando e aprendendo tanto em relação a projetos em que atuo quanto na aderência das pessoas que se conectam com essa visão e estão enfrentando desafios complexos de ajuste de vida pessoal e profissional.
Se alguém não conseguir liderar a si mesmo, é impossível conduzir o processo de desenvolvimento na direção dos objetivos. E essa liderança começa nos pensamentos.
Na limpeza de pensamentos limitantes, destrutivos.
Na organização das ideias, das intenções das interpretações.
Na nutrição por fontes de informações e conhecimentos que valorizem os nosso ativos como tempo, saúde, relacionamentos e recursos materiais.
Na visualização de nossos sonhos e objetivos de forma construtiva.
Na consciência da nossa responsabilidade sobre nós e o que conosco acontece.
Antes a visão do líder era no topo de uma pirâmide. A pirâmide se inverteu e o líder precisa estar na base dela, propiciando ao conjunto da pirâmide o suporte necessário para atuarem naquilo que forem bons e no que for necessário.
Assim somos nós em relação à nossa vida. Para a liderarmos não podemos pensar no alto da pirâmide, mas estarmos na base dela, dando condições para as diferentes faces de nossa consciência e projeção de futuro, o suporte necessário para que o melhor aconteça.
E o melhor nunca será perfeito. O melhor sempre será um encontro de cada um consigo próprio, mas em movimento!